NOTÍCIAS

Ramon Wollinger, Prefeito de Biguaçu, elogia resultados do PLAMUS e reafirma alinhamento do município com o projeto


Parceira do PLAMUS desde suas primeiras etapas, Prefeitura de Biguaçu passou por mudanças recentemente

01/04/2015

Ramon Wollinger está à frente da prefeitura de Biguaçu desde dezembro de 2014.
Ramon Wollinger está à frente da prefeitura de Biguaçu desde dezembro de 2014. [Imagem: Assessoria de Comunicação]

Uma das motivações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao subsidiar o desenvolvimento do PLAMUS – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis, é que o estudo venha a servir como modelo de planejamento e gestão da mobilidade urbana para as demais Regiões Metropolitanas do País. Esta é uma das razões pelas quais o projeto engloba, além da capital catarinense, outros 12 municípios que integram a Região Metropolitana de Florianópolis. Dentre estes municípios, um dos mais importantes para a mobilidade urbana e para o desenvolvimento da região como um todo é Biguaçu, cidade em franco crescimento que atualmente possui cerca de 60 mil habitantes e que, segundo projeções do PLAMUS, deve passar a ter 87 mil moradores nos próximos 15 anos.

Em meados de dezembro do ano passado, o então vice-prefeito Ramon Wollinger tornou-se chefe do executivo em Biguaçu sucedendo a José Castelo Deschamps que enfrentava problemas de saúde. Desde então, Wollinger vem garantindo importantes projetos urbanos, buscando integrar-se cada vez mais aos municípios em seu entorno.

Na entrevista a seguir, Wollinger reafirma o compromisso da cidade com o PLAMUS, faz elogios à qualidade do estudo e deixa claro que vê o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável como a chave para uma gestão integrada do transporte coletivo nos municípios da região continental de Florianópolis.

Biguaçu, em franco crescimento, possui atualmente cerca de 60 mil habitantes e, segundo estudos do PLAMUS, deve passar a ter 87 mil moradores nos próximos 15 anos.
Biguaçu, em franco crescimento, possui atualmente cerca de 60 mil habitantes e, segundo estudos do PLAMUS, deve passar a ter 87 mil moradores nos próximos 15 anos. [Imagem: Assessoria de Comunicação]

PLAMUS – Quando o senhor assumiu a Prefeitura de Biguaçu, no final de 2014, os resultados dos estudos do PLAMUS já estavam sendo apresentados aos técnicos municipais e à sociedade civil de Biguaçu. Que impactos o projeto tem tido no planejamento urbano do município?

Wollinger – A Prefeitura de Biguaçu tem participado e estimulado muito a implantação local das orientações do PLAMUS. A qualidade técnica do estudo contribui e muito para o processo de planejamento municipal. Temos técnicos de várias secretarias participando diretamente das reuniões de trabalho e há total aderência aos planos locais em desenvolvimento.

PLAMUS – Como o senhor avalia as atuais condições da mobilidade urbana em Biguaçu, inclusive em relação à região metropolitana de Florianópolis?

Wollinger – Temos investido na melhoria do sistema viário municipal, principalmente investindo nas chamadas “vias estruturantes”, que são ligações interbairros que não existiam de forma adequada anteriormente, o que implicava em uso excessivo das marginais da BR-101. Também fizemos alterações em vários pontos do trânsito, notadamente na área central, de modo a garantir uma melhor mobilidade para quem transita na cidade. As vias do interior têm sido pavimentadas e têm recebido atenção permanente de modo a também se ter qualidade nas vias rurais, que impactam na mobilidade como um todo. Temos importantes projetos em andamento, via PAC, e FUNDAM [Fundo de Apoio aos Municípios], todos voltados a melhorias em nossa mobilidade.

PLAMUS – Como o senhor estima que o PLAMUS possa impactar neste cenário?

Wollinger – Biguaçu está inserida no contexto da região metropolitana da Grande Florianópolis. Somos um dos três municípios conurbados à capital do estado e temos na BR-101 a principal artéria de fluxo de trânsito local. O PLAMUS impacta exatamente porque definirá diretrizes regionais que vão subsidiar nossos investimentos em mobilidade, seja na malha viária, em sistemas de transportes coletivos, políticas públicas para investimentos em geração de empregos, etc. Temos de agir de forma integrada para viabilizarmos todos estes projetos.

PLAMUS – Segundo os dados apurados pelo PLAMUS, Biguaçu produz quase o dobro das viagens que atrai: 112.301 contra 62.480. São José, com 487.349 viagens produzidas e 335.677 atrações diárias - uma diferença de mais de 150 mil viagens - é outro exemplo do descompasso. Para enfrentar esta realidade e melhorar a mobilidade na região metropolitana, uma das propostas do PLAMUS é fomentar a criação de empregos e serviços em áreas onde há predomínio de moradias para que a comparação entre a produção e a atração de viagens seja mais equilibrada. Investimentos em infraestruturas que promovam e estimulem a criação de empregos, a oferta de serviços e a qualidade de vida, através da implantação de conceitos como o as ruas completas, com mais espaço para pedestres e ciclistas, são instrumentos indicados para uma melhor distribuição dos fluxos de pessoas, produtos e serviços na Grande Florianópolis. Neste sentido, Biguaçu poderá formar, junto à São José e Palhoça, um novo eixo viário e de transporte coletivo, ampliando as atuais opções. O senhor acredita que estas indicações e recomendações poderão se adequar à realidade e ao planejamento urbano de Biguaçu nos próximos anos?

Ao longo do desenvolvimento do PLAMUS, foram realizadas diversas atividades em Biguaçu, entre oficinas e reunião do grupo de acompanhamento técnico local. Na foto, mais de 30 técnicos municipais parti
Ao longo do desenvolvimento do PLAMUS, foram realizadas diversas atividades em Biguaçu, entre oficinas e reunião do grupo de acompanhamento técnico local. Na foto, mais de 30 técnicos municipais participaram da 1ª Oficina do PLAMUS em Biguaçu. [Imagem: Caio Barcellos]

Wollinger – O PLAMUS teve a grande qualidade de trabalhar em estreita sintonia com todos os municípios. Em Biguaçu, desde o início do projeto disponibilizamos equipe técnica mais o acompanhamento de secretários municipais com vistas a sua elaboração. Várias oficinas, seminários e debates foram entabulados, de forma que suas diretrizes espelham muito bem a visão local. O importante agora é sairmos da planificação para a execução. A recentemente implantada Superintendência da Região Metropolitana é um instrumento executivo fundamental. Estamos com grande expectativa. As melhorias implantadas e em execução e projetos na malha viária, a readequação do transporte coletivo regional, a possibilidade do transporte marítimo, a implantação definitiva do contorno norte da BR-101 são ações que impactam diretamente na atração de investimentos privados e na geração de renda. Nosso planejamento, que já partiu das revisões bem sucedidas do Plano Diretor Municipal, aliado a importantes investimentos estruturantes através de verbas PAC, mostram que estamos no caminho certo, estamos devidamente adequados.

Bruno Malburg, gerente da Área de Estruturação e Projetos do BNDES, Carlos Henrique Rech, diretor de Trânsito de Biguaçu, a técnica Genivalda Ronconi, o especialista da Strategy&, Carlos Eduardo Gondi
Bruno Malburg, gerente da Área de Estruturação e Projetos do BNDES, Carlos Henrique Rech, diretor de Trânsito de Biguaçu, a técnica Genivalda Ronconi, o especialista da Strategy&, Carlos Eduardo Gondim, o urbanista da LOGIT, Maurício Feijó, coordenador do PLAMUS pela SCPar, Guilherme Medeiros, arquiteta Valesca Menezes Marques, da GrandFpolis, entre outros, foram presenças constantes nas reuniões de acompanhamento técnico do projeto. [Imagem: Caio Barcellos]

PLAMUS – O senhor concorda com a visão de que a BR-101 atualmente é utilizada como uma via urbana de Biguaçu, Palhoça e São José? A saturação de uma rodovia com estas características tende a impactar sobre o desenvolvimento de Biguaçu?

Wollinger – A construção do futuro Contorno Viário da BR-101 impacta para nós de duas formas fundamentais: primeiro porque desafoga o trânsito entre Biguaçu e São José, pelo menor tráfego pesado resultante. Com isto, teremos mais mobilidade e menos custo econômico com os gargalos atualmente observados diariamente. Isto permitirá maior fluidez de pessoas e mercadorias para atender a economia local, principalmente nos períodos de temporada, onde atividades como o turismo serão muito beneficiadas. A via gastronômica do Balneário São Miguel e o turismo rural em Biguaçu ficarão ainda mais atrativos e acessíveis, por exemplo. De outro lado, o contorno define todo um processo de gradativa ocupação da região norte de Biguaçu para o trânsito pesado, abrindo espaço para implantação de empresas de médio e grande porte ao longo de seu percurso, principalmente na área logística e indústrias de base. Nosso plano diretor foi revisado também focando nestes potenciais. O contorno abrirá um novo momento para a economia local e regional.

PLAMUS – Uma importante orientação apontada pelos estudos do PLAMUS é a criação de um sistema de gestão integrada do transporte coletivo, conectando os municípios da região metropolitana de forma mais ágil e segura. O senhor concorda com essa proposta? Um modelo de gestão integrada entre os municípios seria ideal para Biguaçu?

Wollinger – Desde a gestão do Prefeito José Castelo Deschamps, vimos tratando deste importante tema junto aos municípios de Antônio Carlos e Governador Celso Ramos, e ao Deter. A redefinição do modelo de transporte coletivo, aliado às diretrizes do PLAMUS, é algo viável e necessário. Estamos evoluindo com a parte técnica para que isso se torne uma realidade.

Para Wollinger, planejamento de rede cicloviária integrada para a Região Metropolitana é um dos resultados mais importantes do PLAMUS.
Para Wollinger, planejamento de rede cicloviária integrada para a Região Metropolitana é um dos resultados mais importantes do PLAMUS. [Imagem: Caio Barcellos]

PLAMUS – O PLAMUS propõe a construção de uma rede cicloviária com aproximadamente 400 quilômetros entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente. Como estão os planos para a ampliação de infraestruturas para os ciclistas em Biguaçu?

Wollinger – Nossa administração foi pioneira em Biguaçu neste projeto. Temos implantado vias estruturantes que ligam bairros com ciclofaixas. Novos projetos em elaboração vão ampliar a malha cicloviária local. É uma opção de mobilidade que veio para ficar e se expandir. Vamos seguir investindo nesta modalidade.


COMPARTILHE

Consórcio

Comunicação e Participação Social

Pesquisas

Cooperação Técnica

Estudo de Mercado

Transporte não-motorizado

© PLAMUS 2013 - Comtacti