Superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cássio Tanigushi [à direita] considerou o evento um importante passo para um planejamento integrado. Imagem: Caio Barcellos |
A organização EMBARQ Brasil e o Instituto de Recursos Mundiais (WRI, World Resources Institute), em conjunto com a prefeitura da Capital e o apoio da Embaixada Britânica no Brasil, estão promovendo a Oficina de Alinhamento Estratégico para Projetos de Mobilidade. O evento teve uma primeira etapa ontem, terça-feira (3) e prossegue esta quarta-feira (4) no Hotel Castelmar, no Centro de Florianópolis. Além do corpo técnico do PLAMUS, representado pelo arquiteto e urbanista Maurício Feijó e pelo coordenador técnico do projeto pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros, estão participando das atividades o diretor presidente da EMBARQ Brasil, Luis Antonio Lindau, o superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cássio Taniguchi, o secretario de Desenvolvimento e Meio Ambiente, Dalmo Vieira, o secretário de Obras, Rafael Hanne e o Cônsul Honorário da Grã-Bretanha no Brasil, Michael Delaney, além de técnicos municipais e representantes de entidades civis.
Nesta terça, logo após a abertura da oficina, o urbanista Maurício Feijó, da LOGIT, foi ao palco para explicar como o estudo surgiu e foi desenvolvido, além de apresentar os dados obtidos ao longo de um ano de pesquisas e as propostas de soluções decorrentes das diferentes simulações analisadas para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis. Feijó ressaltou o processo participativo a que foi submetido o projeto, que contou com o envolvimento de mais de 400 participantes, presentes nos 50 eventos realizados ao longo dos 12 meses de levantamentos, estudos e atividades participativo propostas pelo PLAMUS.
“Uma das razões de ser deste estudo é nos oferecer números e dados para estruturar as mudanças sem que fiquemos apenas no achismo. Com os dados coletados pelo PLAMUS ao longo do ano que passou os gestores da Grande Florianópolis poderão dimensionar com maior precisão as intervenções necessárias em cada caso”, explicou Feijó. A apresentação do especialista abordou também temas como o conceito de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável, a transformação de rodovias como a SC-401 em vias urbanas, o protagonismo negativo do automóvel no trânsito e propostas complementares como o transporte aquaviário, a construção de 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e a implantação de vias nos conceitos de Ruas Completas e Zona 30.
Os secretários de Desenvolvimento e de Mobilidade, Dalmo Vieira e Vinicius Cofferri, mostraram dados atuais sobre o transporte coletivo da região e falaram sobre os projetos municipais para aprimorar a mobilidade na Capital. Segundo Vieira, “é preciso aperfeiçoar o uso das vias e isso só se faz priorizando o transporte público e o pedestre”. O secretário de desenvolvimento falou sobre a construção do Anel Viário Central com faixas exclusivas para ônibus e sobre a instalação de sistemas binários em bairros como Trindade, Córrego Grande e Pantanal, além da criação de linhas de ônibus circulares nestas localidades. Já Cofferri, que assumiu interinamente a secretaria de Mobilidade Urbana essa semana, expôs números do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) que, segundo ele, vem perdendo passageiros a cada ano e apresenta desafios de diferentes naturezas: “A questão principal dos abrigos de ônibus é a falta de informação para o usuário. Vamos investir R$ 3 milhões para renovar os abrigos, que fornecerão informações em tempo real para o passageiro que espera o ônibus”. O Secretário de Mobilidade afirmou ainda que o Centro de Controle de Tráfego será instalado em Capoeiras e entrará em funcionamento ainda em 2015.
O diretor presidente da EMBARQ Brasil, Luis Antônio Lindau, conduziu as atividades durante os dois dias das oficinas. Imagem: Caio Barcellos |
Luis Antonio Lindau, diretor presidente da EMBARQ Brasil, salientou a conjuntura positiva e o potencial para uma ação integrada na Grande Florianópolis. “A Região Metropolitana de Florianópolis está passando por uma situação ímpar. A promulgação do estatuto das regiões metropolitanas, a criação da Região Metropolitana da Grande Florianópolis e o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis ocorreram em absoluta sintonia no tempo, resultando no primeiro plano metropolitano realizado no Brasil. É o início de uma nova era e Florianópolis está em uma posição de vanguarda, resta fazer bom uso disso para divulgar no Brasil o que foi feito e transformar em realidade o que está no papel.”
O superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cássio Taniguchi, também destacou o trabalho realizado com o PLAMUS: “Admiro o trabalho que foi feito, com pesquisas exaustivas e busca de alternativas e de soluções muito criativas. Acredito que o PLAMUS seja realmente um orientador para todo o processo de implantação de meios de transporte à frente. A Superintendência utilizará muito as ferramentas do PLAMUS, já que o horizonte do plano é até 2040, portanto um plano de longo prazo.”
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