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Com pesquisa de Verão concluída, PLAMUS entra em sua 2ª fase


Pesquisadores realizarão entrevistas domiciliares com 5 mil famílias na Grande Florianópolis

27/02/2014

Foi encerrada no último domingo, dia 23, a Pesquisa de Veraneio do PLAMUS - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis. Durante 30 dias, entre os meses de janeiro e fevereiro, os pesquisadores percorreram as principais praias da região coletando dados para a pesquisa, um trabalho que resultou em cerca de três mil entrevistas. A coleta de dados para esta primeira fase incluiu também contagens de veículos para detalhar seu fluxo no trânsito das principais vias da cidade, o levantamento do número de veículos em circulação e o registro da frequência e da ocupação no transporte coletivo.

O levantamento realizado na Pesquisa de Verão contou com o apoio de aplicativos desenvolvidos especificamente para auxiliar a pesquisa de campo. Cada um dos entrevistadores utilizou um tablet contendo quatro diferentes aplicativos de coleta de informação. O primeiro, batizado como “Veraneio”, consiste no questionário aplicado aos frequentadores das praias. Em seguida, foram utilizados outros três aplicativos: “Contador”, que registra o volume de veículos em circulação; “Velocidade”, para variação de velocidade e retardo no percurso das linhas de ônibus e automóveis em diferentes horários e pontos de coleta, e o sistema “FOV”, de Frequência e Ocupação dos ônibus que, por fim, registrou a frequência com a qual as linhas circulam e o número aparente de passageiros transportados nos diferentes horários.

Todos os dados registrados foram sincronizados ao final de cada dia e transmitidos para uma central de análise de dados. De acordo com Guilherme Medeiros, coordenador do PLAMUS pela SC Parcerias, os trabalhos superaram as expectativas. “Considero que a etapa da pesquisa Origem/Destino de Verão foi um sucesso. A meta era realizar 2 mil entrevistas com os turistas nas praias da região, mas, devido à boa receptividade à pesquisa e o empenho dos pesquisadores, foi possível entrevistar mais de 3 mil pessoas. As contagens de tráfego e no sistema de transporte coletivo também ocorreram de forma tranquila ”, explicou.

Thaian Silva Duarte, 19 anos, estudante de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi um dos pesquisadores que atuou tanto nas entrevistas quanto na contagem de tráfego. “Foi bom participar, até pra ter noção de como está o trânsito na região e entender as razões por trás dos problemas que as cidades enfrentam. Foi bem interessante ouvir a opinião de diversas pessoas, de diversas classes e culturas. Acabei indo a lugares que desconhecia e descobrindo ritmos urbanos diferentes, como no caso de Palhoça e Celso Ramos”, contou.


2ª Fase – entrevistas domiciliares, pesquisa de Origem/Destino Normal, levantamento de informações e oficinas

A próxima fase da pesquisa de Origem/Destino será realizada entre março e junho e consistirá, entre outros levantamentos, na visita a cerca de cinco mil residências nos 13 municípios da Grande Florianópolis. Os domicílios serão escolhidos por sorteio e os moradores selecionados receberão uma carta de aviso prévio contendo uma senha de segurança. Esta senha deverá ser repetida pelo entrevistador no ato da visita, para garantir tanto a segurança do entrevistado quanto a idoneidade do pesquisador. Todos os membros da família, acima de 8 anos, serão entrevistados.

Outro momento importante nessa segunda fase será a realização de oficinas envolvendo as organizações da sociedade civil e os setores técnicos das prefeituras. O objetivo é o levantamento de dados para estudo e diagnóstico de questões como, por exemplo, zoneamento e desenvolvimento urbano, modelo Institucional, gestão da mobilidade e melhores práticas.

O professor Werner Kraus Junior, chefe do Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina, instituição parceira do projeto, destaca a importância do levantamento de informações que está sendo realizado nestas duas fases iniciais do PLAMUS: ”Ao final das fases de coleta, teremos dados essenciais para compreensão técnica dos problemas de mobilidade metropolitana e para proposição de soluções eficientes.” Segundo o professor, o volume de dados que serão compilados nas fases iniciais é bastante grande. Na planilha com as etapas do projeto ele nos aponta alguns itens tais como levantamentos cartográficos, informações censitárias, uso e ocupação do solo, frota de veículos, dados do sistema viário, oferta de transporte coletivo, obras programadas e em execução, legislação, contratos de concessão em curso, localização de pontos de relevância turística, ciclovias, infraestrutura para pedestres e ainda polos geradores de viagens. ``Já avançamos bastante em alguns desses levantamentos, e vamos realizar agora alguns dos mais complexos tais como as entrevistas em domicílios para descobrir padrões de deslocamentos das pessoas na região metropolitana e o levantamento cicloviário, para o qual buscaremos a colaboração de grupos de usuários assíduos das bicicletas no processo de registro da infraestrutura existente."

* FOTO: Zé Paiva [www.vistaimagens.com.br]

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